segunda-feira, 13 de maio de 2013

BELEZINHA, ISAÍAS E A OPOSIÇÃO

Jesus pregava obediência apenas a Deus. Maldosamente, ele foi questionado se deveriam pagar tributo a César ou não. Vejam a cilada: se respondesse que deveriam, seus seguidores ficariam descontentes, pois odiavam os romanos. Se respondesse que não, Jesus seria acusado de subversão e imediatamente condenado à morte. 

Ele responde: Dai a César o que é de César. Daí a Deus o que é de Deus. Com essa resposta, reconhece César e Deus, mas distingue a posição dos dois sem ser passível da punição romana e sem negar obediência à sua crença. 

Chapadinha vive atualmente uma crise institucional. Quem seria merecedor de crédito? Belezinha, Isaías ou a oposição? Pergunta realmente difícil de responder e muito mais profunda e maldosa que o discurso de quem a profere. 

O discurso oposicionista prega uma moralidade que nunca praticaram. Falam em nome do povo apenas no intuído de melhorarem suas vidas mesquinhas. Alguns almejam o poder maior. Financiamento para seus hospitais, Outros, buscam aquela gratificação ilegal. Buscam aquele emprego em que não se trabalha. Ou, o que é mais triste, buscam apenas sobreviver mais quatro anos para aliar-se ou opor-se ao próximo mandatário e começar tudo de novo. 

Uma crítica, mesmo feita por canalhas e oportunistas, também merece atenção. Não por quem fala, mas pelo que se fala. E algumas críticas que permeia nossa cidade são pertinentes. Clamam explicação. Não para meia dúzia de descontentes, mas para a população. 

Fico estarrecido ao me deparar com algumas suspeitas. Não foi para isso que emprestei minha voz e minha caneta. É constrangedor quando sou perguntado por escândalo “X” e não sei o que responder. O fato de algumas vezes defender a administração não quer dizer que ela sempre mereça defesa. A omissão é tão danosa quanto a denúncia vazia. 

Belezinha foi eleita pregando moralidade pública. Algumas coisas melhoraram, mas em outras, paira a sombra da dúvida. Pesa sobre Isaías um passado de irresponsabilidade financeira, mas este possui no presente, grande carisma e apelo popular. A oposição é formada por integrantes com íntima ligação a casos de corrupção, mas que possuem argumentos  fortes na crítica ao governo.

Nessa jornada acabei por fazer muitos desafetos. Não que minha crítica não tivesse lugar, mas pela acidez de minhas palavras. Na infância, li poucos contos de fadas. A crueza da vida me arrebatou precocemente. Nesse processo, algumas amizades foram desfeitas, outras abaladas, e outras tantas conquistadas. 

Uma pergunta hoje me consome: Valeu à pena? Pelas novas amizades, sim. No restante, não sei! Percebo hoje que o poder é o fim em si mesmo. Quem está lá, trabalha para permanecer. Quem não está, trabalha para conquistar. O jogo ainda é o mesmo, mudaram apenas as peças do tabuleiro. 

Nessa guerra por prestígio, existem interesses inconfessáveis. Não é lugar para amadores ou idealistas. Quem tem mesmo razão? Dai a Belezinha o que é de Belezinha. Dai a Isaías o que é de Isaías. Dai a oposição o que da oposição. Depois de todos devidamente reconhecidos, o que sobra para o povo? 

Dr. Ernani Maia 
(Cirurgião-Dentista)

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