quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

EU E O SECRETÁRIO

“Ele quer ser secretário” / “Ele está sendo pago para falar mal” / “Ele ainda não se conformou com a derrota na Câmara”. Essas são as baboseiras com que tentam replicar meus textos. São pessoas passionais que, por ironia, me acusam de passionalidade. Mas este não é o ponto. Se passionais ou não, isso é secundário. O principal é: Os textos refletem a realidade ou não? 

Com relação às denúncias que fiz, nenhuma foi contestada. Apenas me acusaram de querer o cargo de secretário. A prática é antiga. Se não podem justificar os fatos, tentam rapidamente destratar quem denuncia e imputá-lo desejos obscuros. Outros tentam me medir pela sua régua: dizem que tenho a pena alugada, como se dinheiro fosse suficiente para comprar a liberdade de alguém. Sou livre. Faço questão de continuar. 

As denúncias que chegaram ao meu conhecimento se devem às boas relações de amizade que tenho no hospital. Todos comentam temerosos e pedem sigilo absoluto, pois temem por seus empregos. Além disso, existe o receio da direção de que a prefeita tome conhecimento do que realmente acontece na Saúde. 

A maioria das críticas que fiz não diminui a competência de ninguém. Apenas lembram que apesar do status que cada indivíduo acha que tem, devemos ser humildes. Erros acontecem. É normal. A negação desses acontecimentos é quase uma negação de humanidade. Vamos continuar justificando vereadores humilhando seguranças e diretores humilhando funcionários? 

As melhorias nos hospitais e postos de saúde são inegáveis. A população já percebe a mudança. Parabéns. Minha intenção não é tirar o mérito do secretário nem seus coordenadores. Mas, melhorias no sistema não justificam o retorno de práticas eleitoreiras. 

Ao vereador Marcelo, explico que não desejo a secretaria do seu cunhado. Antes de me graduar em odontologia, cursei engenharia civil por quatro anos e tenho verdadeira paixão por cálculo. Minha explicação é baseada na matemática. O trabalho como secretário é de tempo integral. Logo, não seria prudente abandonar minha clínica para receber uma fração dos meus vencimentos trabalhando na pasta. Além disso, como reconquistar a clientela perdida? Não enxergo lógica nisso. 

Mas, cada um que tome suas decisões. Lógicas ou apaixonadas. Paradoxalmente, sempre achei que o melhor da família Meneses era um Bacellar. Continuo achando isso. Embora tenha perdido um pouco da admiração ao cirurgião cordato e elegante, que alguns colegas afirmam que existe apenas na minha memória. 

Ainda guardo boas lembranças do tempo que convivi com Charles Bacellar. Espero que o bom senso prevaleça. Espero também que o secretário reveja alguns acontecimentos e redirecione os esforços para a coletividade. Afinal, errar é humano. Persistir no erro pode ser Meneses, mas não permita que seja Bacellar. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

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