terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A REDENÇÃO DE UM PILANTRA

Escondam suas carteiras, o meliante voltou! Desta vez em defesa do Zazá. Lógico, o que os leitores imaginavam? Ele já alugou a caneta e a voz para a grande família novamente, afinal foi o Zazá que garantiu ao ex-batedor de carteiras do INSS sua sobrevida no serviço público. 

Mas, a quem ele deve gratidão? Zazá, Nota Zero ou Bipolar? Fácil responder: A qualquer um que lhe garanta participar das maracutaias públicas. O interesse agora é disfarçar a nova aliança que se costura entre Zazá e o Nota Zero. Aliança intermediada por ele e que lembra seu antigo namoro com o “dono dos votos”. 

Falando em namoro... O dia da votação na Câmara foi o despertar dessa paixão. Uma paixão que será sacramentada no altar eleitoral para deputado. O rato de prefeitura foi cupido desse enlace, e a aspirante a deputada que foi vista entrando sorrateiramente em sua residência pela manhã levou as alianças. 

Tal situação chamou a atenção da vizinhança. Uma mulher entrando escondida em sua casa não é algo habitual. Afinal, os vizinhos recordavam apenas do fluxo de pessoas que faziam a jardinagem da frondosa testada de sua residência. 

Mas, a aliança não pode ser desmascarada agora... Ainda falta muito tempo para as núpcias. O dote ainda não foi dado e o cupido da corrupção não tem garantias de que a farra com o dinheiro público irá renascer. 

O jeito é disfarçar e me fazer porta voz das mágoas de A ou B. Já me acostumei com a tentativa de me medirem com a própria régua. Fazer o quê? É a única argumentação que encontram. Mas, no fundo, caros leitores, eu tenho compaixão pelo superintendente do desvio... 

Como não está habituado a trabalhar, acostumou-se ao dinheiro fácil de governos corruptos e a rigidez financeira da mandatária o sufoca. O jeito é armar complôs e tentar fazer-se indispensável para os que apenas almejam benefício próprio. Este é o seu legado. 

Durante a terceira idade, algumas pessoas pensam no exemplo que deixarão para os entes queridos e de que maneira fazem sua despedida do mundo material. Com trajetória ignóbil, como se despediria dignamente o senil pilantra? Como compensaria o karma de todo o desserviço prestado? 

Talvez devesse ser cremado. Que suas cinzas adubem a terra. Que desta terra brote capim. Que este capim alimente outro ruminante. Que o garrote adoeça com o indigesto alimento. Que seus bifes contaminados sejam servidos a políticos corruptos. E que, neste dia, não haja papel higiênico no banheiro... 

Pronto! Mais uma alma salva! Com essa trajetória no além túmulo, seu passado estará perdoado. A cólica do ímpios redimiu a trajetória de quem floresceu no esterco moral. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

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