quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cordel: "O VEREADOR CALOTEIRO" - por Enedilson Santos

Não faça como o promotor
que assumiu a carapuça,
pois esse poeta aqui
não tem medo de escaramuça.
Enfrentar parlamentar tresloucado
me inspira e ainda me aguça.

Aqueles que entram na vida pública
ao ridículo estão expostos,
principalmente quando prega moralidade
sem cumprir seus impostos.
Deve a Deus e ao mundo
em seus calotes contrapostos

Hoje em dia o que mais se ver
é pessoas frias e calculistas,
caloteiros se fazendo de bonzinho
como tremendo malfeitores vigaristas
Carregam Jesus debaixo do braço
mas da bandidagem são artistas.

Meus caros amigos leitores
não caiam na esparrela.
Na Câmara tem um vereador
que puxa até cueca pela goela.
Usa pedra e pó fino na agitação,
por não cumprir tabela.

O vereador fundou uma igreja
sendo um verdadeiro oportunista.
entrava nas maracutaias do chefão
como Laranja e golpista.
Se metia em bloco carnavalesco
demonstrando uma fé capitalista.

Está distante a moral desse vereador
porque não tem a sabedoria,
antes de se tornar um parlamentar
gostava de holofotes em demasia.
Patrocinava até briga de galo.
com um ar de riqueza e alegria.

Comigo não tem valor
esse tipo de gente.
Usa a bíblia para enganar,
sendo um patife delinquente.
Tenta desqualificar as pessoas
mas esquece que é burro e indolente.

Faz toda uma gritaria
na Câmara para impressionar.
Vive dando coice no vento
pois a riqueza está a desmoronar.
Funcionários há meses sem receber,
aluguéis atrasados e muitas dívidas a pagar.

Portanto nobre colega
deixe esse poeta sossegado.
pois se mexer ainda mais,
é merda pra todo lado,
cuide de defender o povo,
limpar sua ficha para não ser ridicularizado.

Enedilson Santos
(Poeta da Cidadania)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

EU E O SECRETÁRIO

“Ele quer ser secretário” / “Ele está sendo pago para falar mal” / “Ele ainda não se conformou com a derrota na Câmara”. Essas são as baboseiras com que tentam replicar meus textos. São pessoas passionais que, por ironia, me acusam de passionalidade. Mas este não é o ponto. Se passionais ou não, isso é secundário. O principal é: Os textos refletem a realidade ou não? 

Com relação às denúncias que fiz, nenhuma foi contestada. Apenas me acusaram de querer o cargo de secretário. A prática é antiga. Se não podem justificar os fatos, tentam rapidamente destratar quem denuncia e imputá-lo desejos obscuros. Outros tentam me medir pela sua régua: dizem que tenho a pena alugada, como se dinheiro fosse suficiente para comprar a liberdade de alguém. Sou livre. Faço questão de continuar. 

As denúncias que chegaram ao meu conhecimento se devem às boas relações de amizade que tenho no hospital. Todos comentam temerosos e pedem sigilo absoluto, pois temem por seus empregos. Além disso, existe o receio da direção de que a prefeita tome conhecimento do que realmente acontece na Saúde. 

A maioria das críticas que fiz não diminui a competência de ninguém. Apenas lembram que apesar do status que cada indivíduo acha que tem, devemos ser humildes. Erros acontecem. É normal. A negação desses acontecimentos é quase uma negação de humanidade. Vamos continuar justificando vereadores humilhando seguranças e diretores humilhando funcionários? 

As melhorias nos hospitais e postos de saúde são inegáveis. A população já percebe a mudança. Parabéns. Minha intenção não é tirar o mérito do secretário nem seus coordenadores. Mas, melhorias no sistema não justificam o retorno de práticas eleitoreiras. 

Ao vereador Marcelo, explico que não desejo a secretaria do seu cunhado. Antes de me graduar em odontologia, cursei engenharia civil por quatro anos e tenho verdadeira paixão por cálculo. Minha explicação é baseada na matemática. O trabalho como secretário é de tempo integral. Logo, não seria prudente abandonar minha clínica para receber uma fração dos meus vencimentos trabalhando na pasta. Além disso, como reconquistar a clientela perdida? Não enxergo lógica nisso. 

Mas, cada um que tome suas decisões. Lógicas ou apaixonadas. Paradoxalmente, sempre achei que o melhor da família Meneses era um Bacellar. Continuo achando isso. Embora tenha perdido um pouco da admiração ao cirurgião cordato e elegante, que alguns colegas afirmam que existe apenas na minha memória. 

Ainda guardo boas lembranças do tempo que convivi com Charles Bacellar. Espero que o bom senso prevaleça. Espero também que o secretário reveja alguns acontecimentos e redirecione os esforços para a coletividade. Afinal, errar é humano. Persistir no erro pode ser Meneses, mas não permita que seja Bacellar. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A REDENÇÃO DE UM PILANTRA

Escondam suas carteiras, o meliante voltou! Desta vez em defesa do Zazá. Lógico, o que os leitores imaginavam? Ele já alugou a caneta e a voz para a grande família novamente, afinal foi o Zazá que garantiu ao ex-batedor de carteiras do INSS sua sobrevida no serviço público. 

Mas, a quem ele deve gratidão? Zazá, Nota Zero ou Bipolar? Fácil responder: A qualquer um que lhe garanta participar das maracutaias públicas. O interesse agora é disfarçar a nova aliança que se costura entre Zazá e o Nota Zero. Aliança intermediada por ele e que lembra seu antigo namoro com o “dono dos votos”. 

Falando em namoro... O dia da votação na Câmara foi o despertar dessa paixão. Uma paixão que será sacramentada no altar eleitoral para deputado. O rato de prefeitura foi cupido desse enlace, e a aspirante a deputada que foi vista entrando sorrateiramente em sua residência pela manhã levou as alianças. 

Tal situação chamou a atenção da vizinhança. Uma mulher entrando escondida em sua casa não é algo habitual. Afinal, os vizinhos recordavam apenas do fluxo de pessoas que faziam a jardinagem da frondosa testada de sua residência. 

Mas, a aliança não pode ser desmascarada agora... Ainda falta muito tempo para as núpcias. O dote ainda não foi dado e o cupido da corrupção não tem garantias de que a farra com o dinheiro público irá renascer. 

O jeito é disfarçar e me fazer porta voz das mágoas de A ou B. Já me acostumei com a tentativa de me medirem com a própria régua. Fazer o quê? É a única argumentação que encontram. Mas, no fundo, caros leitores, eu tenho compaixão pelo superintendente do desvio... 

Como não está habituado a trabalhar, acostumou-se ao dinheiro fácil de governos corruptos e a rigidez financeira da mandatária o sufoca. O jeito é armar complôs e tentar fazer-se indispensável para os que apenas almejam benefício próprio. Este é o seu legado. 

Durante a terceira idade, algumas pessoas pensam no exemplo que deixarão para os entes queridos e de que maneira fazem sua despedida do mundo material. Com trajetória ignóbil, como se despediria dignamente o senil pilantra? Como compensaria o karma de todo o desserviço prestado? 

Talvez devesse ser cremado. Que suas cinzas adubem a terra. Que desta terra brote capim. Que este capim alimente outro ruminante. Que o garrote adoeça com o indigesto alimento. Que seus bifes contaminados sejam servidos a políticos corruptos. E que, neste dia, não haja papel higiênico no banheiro... 

Pronto! Mais uma alma salva! Com essa trajetória no além túmulo, seu passado estará perdoado. A cólica do ímpios redimiu a trajetória de quem floresceu no esterco moral. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

HAPA - Espelho da "democracia" familiar?

HAPA: hospital vitrine de Chapadinha, comitê eleitoral da pretensa deputada ou espelho da "democracia" familiar? 

As críticas se avolumam no HAPA. Alguns não ousam comentar em voz alta com medo de retaliações. Atuando como pivôs, estariam a diretora, a aspirante a deputada - que brinca de secretária na ausência do marido - e o secretário. Todos da grande família. 

A insatisfação dos médicos e funcionários borbulha em um caldeirão de rancor, indignação e receio. O que justificaria a contratação de profissionais de outras cidades, quando existem pessoas competentes em Chapadinha para exercer as mesmas funções? O problema é político, e não técnico. Além disso, um sobrenome abre muitas portas... 

O que também causa estranheza são os aluguéis de equipamentos radiológicos de segunda mão do Centro Médico - pertencente à família do secretário - e a quantidade de contratados no hospital. Mesmo com tais iniciativas, a família já conseguiu arregimentar mais dois vereadores de oposição para elogiar a secretaria enquanto procuram chifre em cabeça de cavalo no restante da administração.

Alguns médicos assistiram impassíveis à contratação de ultrasonografista que se credenciou apenas pelo parentesco com o secretário, enquanto profissionais competentes e com serviço prestado aos chapadinhenses foram postos de lado. Com atitudes como esta, o secretário vai assinando o atestado de incompetência dos profissionais da cidade e preparando o campo para a política da sua amada. 

Outros médicos foram barrados no centro cirúrgico e impedidos de fazer cesarianas sob alegação que cirurgias eletivas devem ser realizadas em hospitais particulares. Seria justo, se a paciente não tivesse indicação para tanto e se cirurgias eletivas não estivessem sendo realizadas com um "consentimento especial" da família do secretário. 

Pertences de funcionário no saco de lixo
Alguns funcionários denunciaram que a diretora, Josilene Meneses, ordenou o arrombamento de seus armários. Armários que continham pertences particulares, além de material de trabalho. Os funcionários, com razão, acharam a atitude autoritária e desrespeitosa, pois não foram comunicados e encontraram seus pertences dentro de sacos de lixo. 

A revolta foi geral. A sensação foi de ter sua intimidade violada. Alguns sentiram falta de pertences íntimos e uma funcionária notou o sumiço de sua carteira de habilitação, fato que foi parar na delegacia com abertura de um B.O. (imagem abaixo)

Outros funcionários reclamam de maus tratos por parte da diretora. Seriam vítimas de assédio moral devido às reclamações em tom ríspido e voz alterada que são feitos na presença dos pacientes do hospital. 

Democracia definitivamente não é o "fortes" da família. Nada justifica tais atitudes. Os funcionários merecem respeito. Os médicos merecem credibilidade. A população merece um hospital empenhado na saúde e não nas próximas eleições.

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)
B.O registrado pela funcionária

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

QUEM VOTOU EM BELEZINHA?


"o bom jogador é aquele que usa o blefe, mas nunca se esquece de levar em consideração os riscos trazidos por ele" Airton Junior 



Depois de concluídas as eleições municipais, a família Fortes Meneses tratou de fazer seus primeiros pronunciamentos dizendo que Isaías deu à Belezinha 16.000 votos e o restante foi voto de protesto contra Magno Bacelar. Muitos perguntaram: - Quem votou em Belezinha? 

Com mais de 21.000 votos em cima da mesa, a família Fortes Meneses, com poucas cartas na mão, mas experientes no poker político, blefou... Olhando para as futuras eleições e seus jogadores, ela espera para ver quem pagará pelo blefe. Afinal, este é o negócio da família. 

Depois do deselegante depoimento, tentei recordar o dia da votação e acho que esqueci alguma coisa... Logo após a confirmação em Belezinha, não recordo da urna eletrônica  questionar se votava por protesto, a pedido de Isaías ou na candidata da foto. Será que o presidente da mesa não deixou que eu concluísse meu voto? 

Aos seguidores da família, peço calma... Não estou com isso querendo negar a influência eleitoral de Isaías em Chapadinha, mas apenas pô-la em uma perspectiva realista. Senão vejamos... 

  • Isaías agregou voto à Belezinha sim, mas ao mesmo tempo, também a fez perder muitos votos dos que ainda lembravam sua desastrosa administração. 
  • Isaías conseguiria o apoio maciço da classe empresarial Chapadinhense? Muitos empresários ainda tem arrepios à simples menção do seu nome. 
  • Isaías teria conseguido se aliar ao sindicato dos professores? Professores que tiveram que apertar o cinto para sobreviver sem 9 meses de salários? 
  • Teria o Isaías condições de trazer o PT para sua coligação? Tirando um ou outro fisiologista que ainda faz parte do partido, acredito que a grande maioria resistiria a tal aliança. 
  • Isaías conseguiria convencer os profissionais liberais que os antigos desmandos não se repetiriam? Com a palavra, os psicólogos... 
  • Teria condições de fazer o Sindicato dos Agentes de Saúde abandonar Magno para segui-lo? 
  • Conseguiria o apoio da grande maioria das lideranças religiosas da cidade? Parece que lideranças religiosas e a família Fortes Meneses são como água e óleo. 

Como justificar a votação do filho dileto, Marcelo Meneses, que teve apenas 1.190 votos? Míseros 38 votos no interior? Nem mesmo o fato de ter sido o mais votado no pleito (o mais votado em Chapadinha ainda é o ex-vereador Peroba) tira o sorriso amarelo da família com o pequeno número que as urnas revelaram para quem alega ter dado 16.000 à prefeita... Se com 1.190 votos ele atropelou os vereadores da base aliada na eleição da Câmara, o que faria se tivesse 4.000 votos, como esperavam? Um plano para o domínio do mundo, talvez... 

Lembremos de que atuando como cabos eleitorais de Marcelo Meneses, estavam: Isaias (pai); Raimunda Maria (mãe e candidata à vice-prefeita); Isamara (irmã e coordenadora do comitê central) e Higor (amigo e coordenador do comitê jovem). Toda uma estrutura montada pela família Fortes Meneses para beneficiar Marcelo e mandar a conta para Belezinha. 

Por falar em conta...Vamos refazer os números? 

Eu votei em Belezinha. E você?

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NOTAS DA SEMANA

OBSCURIDADE X TRANSPARÊNCIA 

Depois de um governo obscuro, onde ninguém sabia onde eram feitas as compras do município, quem era o beneficiário e qual o valor dos produtos, os blogueiros mamadores que defendiam tal modelo agora criticam as licitações feitas às claras pela nova administração. Mamar no escurinho era melhor...

TRATAMENTO DE CATARATA 

Lembram das ruas sem iluminação no governo Danúbia? Pois bem, vários vereadores que participaram do mesmo governo, só agora reclamam da escuridão. Passaram quatro anos com catarata e milagrosamente voltaram a enxergar nesses 50 dias. Aleluia! 

O SILÊNCIO DOS INOCENTES 

Eduardo Braga, vereador e ex-secretário de Danúbia, depois de silenciar por 4 anos sobre o fato de Danúbia ter uma irmã como Secretária Municipal, recupera a voz e se ergue contra a irmã de Belezinha. 

O INTERESSE DOS DESINFORMADOS 

A quem interessaria a manobra de alguns vereadores contra a Secretária de Finanças (irmã de Belezinha)? Falam de nepotismo com o mesmo oportunismo que defendiam o governo anterior. Deveriam saber que Secretário Municipal é agente político, ou seja, não é nepotismo ter parente em tal cargo. Mas, muitos ficariam felizes em não ter a irmã da prefeita controlando seus gastos...

O DEPUTADO É MEU 

Enquanto um vereador denuncia que Magno Bacelar manteve contato com seu colega de parlamento para que este não criticasse a atual administração, seu pai, pouco antes do carnaval encontrava-se na fazenda do deputado em uma animada conversa política. 

A FRAUDE DORME AO LADO 

As explicações de Belezinha aos vereadores sobre convênios da Secretaria de Educação que foram sacados e não realizados, deixou um dos vereadores literalmente sem palavras... Isso ainda vai dar o que falar...

Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

GENERAIS DO VOTO

Há menos de 30 anos vivemos em uma democracia, mas algumas pessoas ainda não se acostumaram a ela. Gostam da ditadura. Da censura. Da mordaça. Da imprensa servil. 

O facebook está se tornando instrumento de controle para os aprendizes de general da Chapada. Ao invés de quartéis, se abancam em secretarias e hospitais. Passam o dia verificando quem comenta ou não em determinadas matérias. O que dizem. Como se posicionam. O que pensam. Soube de pessoas que foram intimidadas por terem curtido um texto que desagradou algumas realezas locais. 

O clima é de paranóia. A falsa realeza desfila por secretarias e hospitais com olhar intimidador e ouvido aguçado esperando descobrir quem discorda de seus pensamentos. Do outro lado, o sentimento dos funcionários é de terror. Medo de ter dito ou feito algo que desagrade. Receio de ser delatado por alguém que queira se aproximar dos soberanos. 

Em um primeiro momento, senti culpa pela aflição desses funcionários, afinal, elas poderiam perder seus empregos por terem gostado de algo que publiquei. De alguma denúncia que fiz. Peço que não repitam o “erro mortal”, mas mantenham viva na memória tal afronta a sua liberdade. 

Nelson Rodrigues disse: “toda unanimidade é burra”. Esses generais idolatram a burrice, afinal, é burrice a obediência sem questionamento. Não suportam a contrariedade. Não suportam o debate. Não suportam a democracia. 

Acham-se donos dos votos (em breve, escreverei sobre este ponto) e por conseqüência, donos das pessoas e seus pensamentos. O que aconteceria se chegassem ao maior cargo municipal? Esse é o objetivo, e, para isso, já mantêm blogueiros e vereadores oposicionistas entrincheirados em suas fileiras aguardando o momento do golpe. 

O maior golpe não será no poder municipal. Será na democracia e na liberdade de pensamento. Que pena. Tenho más lembranças da ditadura. Por isso, Denuncio. Escrevo. Não para ser dono da razão, mas apenas para expor um ponto de vista. Apenas para não ter que bater continência e dizer “sim senhor”. 

Para os que não desejam ser contrariados, sugiro que desçam do palanque e alistem-se no exército. 

Dr. Ernani Maia 
(Cirurgião-Dentista)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CINZAS DA MEMÓRIA

Quarta-feira de cinzas. Fim do carnaval. Meu fígado agradece. As cinzas também servem para você rememorar alguns acontecimentos e, se assim desejar, queimá-los da memória.

Muitos gostariam de incinerar da lembrança algumas passagens da vida, especialmente no período carnavalesco. Que pena. Assim como uma fênix, essas memórias teimam em renascer.

Um vereador protagonizou um desses episódios. Brigou com o segurança de uma banda, pois este não reconheceu toda sua autoridade e onipotência. No próximo evento, sugiro que entreguem uma lista contendo os nomes das pessoas que se sintam “importante” no nosso município para que vexames como este não aconteçam.

Não parou por aí. Aos berros, uma voz exige retaliação. “Essa banda não toca mais! Quem manda nessa cidade sou eu!”. Quando todos pensavam que Belezinha havia surtado e dito a infame frase, perceberam que ela partira de uma aspirante a deputada estadual.

Onde estavam aquelas pessoas que se diziam preocupadas com o povo? Que humildemente pediam voto? Que pregavam paz e respeito? Que denunciavam o autoritarismo de Magno e Danúbia?

Sei que o período carnavalesco é um período de excessos, especialmente de álcool, e muitos usam isso como um atenuante. Não vou usar de falso puritanismo, pois confesso que também já o fiz. Mas o dia seguinte diferencia pessoas responsáveis de inconsequentes...

O dia seguinte é o dia da ressaca moral. O dia em que se dissipa o véu etílico que embota a mente e entorpece a razão. O dia de assumir a responsabilidade pelos erros e reparar o dano. É o dia de amadurecer.

Somos falíveis e sujeitos a cometer bobagens (alguns aprendem com elas, outros não...), especialmente neste período. Mas também devemos ser responsáveis por nossos atos, sejam eles motivados por álcool ou soberba.

A cidade merece mais dos seus representantes e dos que desejam representá-la. A cidade merece um pedido de desculpas por comportamentos que não são condizentes com figuras públicas. Merece ser administradas por aquelas pessoas honradas, humildes e comprometidas que se apresentavam em palanque, não por suas grotescas máscaras de carnaval.

Não há como alterar o passado. As atitudes que serão tomadas deverão falar mais alto. Ou atenuam o acontecido ou reforçam a infâmia. O tempo dirá.

Finalizo esperançoso. Digo que ainda há tempo para mudar. Que ainda há tempo para amadurecer. Que ainda há tempo para deixar os eleitores orgulhosos dos seus representantes.

 Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

XÔ SATANÁS

Silas Malafaia lança spray que remove o diabo do couro”. Além de cômica, achei essa matéria interessantíssima. Pensei em comprar dúzias desse spray, pois acho que a canalhice que toma conta de alguns políticos, blogueiros e aduladores na nossa cidade pode ser causada por algum capetinha. 


É só dedetizar o possuído com o spray e a transformação estaria feita: de canalha a ético. De corrupto a honesto. – Que maravilha- Será que daria para colocar o produto no carro fumacê da dengue? 

“Eu apoiei o Magno porque precisava de dinheiro. Era fraco e desonesto, não tinha profissão nem como me sustentar. Mas agora que o demo saiu de mim, sou um cidadão de bem e vou voltar para faculdade que abandonei” diria um secretário arrependido. 

“Papai me sustentava e eu era muito preguiçoso, mas depois que tiraram o cão do meu couro, devolvi a aposentadoria dele e consegui sair da cama para procurar emprego. Estou até mais magro. Aleluia!” comentaria um blogueiro despossuído. 

“Será que o chifre vai embora junto com o Belzebu?” perguntaria um esperançoso funcionário da Câmara. 

Muitos correriam do spray como barata corre de baygon. A canalhice facilita a vida dos acomodados. Para quê estudar e trabalhar se podem viver confortavelmente adulando o poderoso da vez? 

O mata-capeta não existe. Que pena. Não foi desta vez.... O desenvolvimento de tal produto jamais seria aprovado pelo Congresso Nacional. O jeito é apelar para o velho e conhecido exorcismo. 

O ritual seria: pegar o corrupto encapetizado, jogar sal grosso nas costas, dar 43 chibatadas com galhos de pinhão roxo, lavar com água benta entoando a música do Asa de Águia: Xô Satanás... 

Dr. Ernani Maia 
(Cirurgião-Dentista e aprendiz de exorcista)



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CANALHAS, CALHORDAS OU CRETINOS?

Canalhas, Calhordas ou Cretinos? Não sei! Talvez os leitores me ajudem a decidir ao final desse texto. Pesquisei no “pai dos burros” e achei diferenças sutis entre os adjetivos. 

Canalha: Pessoa sem moral, desonesta; patife, infame. 

Calhorda: Desprezível, sem caráter, pulha, que causa nojo e repulsa. “Um sujeito que não se importa com as outras pessoas, ilude e engana” 

Cretino: Que ou aquele que, por deficiência mental ou orgânica, padece de incapacidade mental ou moral 

Muito já se falou sobre o carnaval. Este não será o ponto principal desse texto, mas apenas o tomarei como exemplo. Vejamos a comparação do carnaval nos anos de 2012 e 2013. 

Carnaval 2012: 

Custo da festa: R$ 1.6 milhão. 

Situação dos hospitais: Precária. Falta de médicos, medicamentos, equipamentos, remédios e um carro funerário fazendo as vezes de ambulância. 

Situação das ruas: muitos buracos, que viravam piscina para o mosquito da dengue festejar. 

Discurso da turma governista: Devemos privar o povo da sua maior festa enquanto não se solucione os problemas? O carnaval atrai turistas e movimenta o comércio da cidade. A situação dos hospitais é precária em todo o mundo, vejam o exemplo da Etiópia. Os buracos nas ruas são menores que na gestão Isaías. 

Carnaval 2103: 

Custo da festa: R$ 600.000 (aproximadamente 1/3 da gestão anterior) 

Situação dos hospitais: Boa. Presença de médicos, materiais, instrumentais, medicamentos e ambulância em funcionamento. 

Situação das ruas: buracos sendo tapados e ruas limpas 

Discurso da mesma turma, agora oposicionista: Um gasto desnecessário que poderia ser aplicado em outras áreas. O hospital virou refeitório (RAPA). Os buracos estão sendo tapados com cimento, pasmem! 

As mesmas pessoas que fizeram discursos justificando a situação caótica anterior são as mesmas que tecem críticas ácidas nesse início de mandato. Agora vejamos: Em menos de 40 dias de governo, temos uma situação bem melhor comparada ao ano passado, em que vinham governando há 12 longos anos. 

Essas pessoas fizeram uma mudança radical no discurso em benefício da população ou em benefício próprio? Como conseguem utilizar-se de rádio, blogs e plenário para cobrar austeridade? São canalhas, calhordas ou cretinos? 

Bom carnaval a todos. Aos canalhas, calhordas ou cretinos também. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

Quando Cultura Não Se Resume Apenas A Festas - por Fred Ruan

Na intenção de escrever alguma coisa que fosse útil para cada um de nós, resolvi abordar um tema um pouco complexo detalhando a minha opinião sobre o assunto, PORÉM jamais eu quero que seja uma verdade absoluta .Vamos lá!

Estamos em fevereiro, época do carnaval, dias de festas e mais festas e é nesse período também que ouvimos falar muito em Cultura.

Mas na verdade, o que é cultura?

Cultura significa: cultivar instrução (colere cultus).

(Lembrando que na antropologia (antro=homem,logia=estudo) esse termo é descartado, pois nenhuma cultura se sobrepõe sobre outra)

(Portanto,Vamos falar sobre cultura da forma que nós vemos cultura aqui no MA. Blz?!!!)

Sempre achei que o termo cultura era muito mal colocado em nosso estado e consequentemente em nossa cidade.

Cultura aqui está completamente relacionada a eventos promovidos por administrações públicas (basicamente Carnaval, São João e Natal).

Eu tive a certeza disso semana passada quando procurei nos 4 cantos de Santa Inês um livro que se chama “O povo brasileiro” escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro e na mesma medida que buscava encontrar tal livro encontrava aos montes revistas do tipo Ti Ti Ti, Caras e outras que contavam o resumo semanal do BBB13.

Após visitar 4 estabelecimentos,sem sucesso, parei e notei o quanto nossa sociedade está decaindo quando tratamos de música, eventos, leituras que levam uma instrução ao cidadão..

Não encontrei o que queria, acabei desistindo e comprando pela internet, mas acredito que aos poucos podemos mudar isso, somos uma geração inteligente… Sim?? (!!).

Quando falo em um ser humano culto (culturalmente instruído e não alguém melhor que outro)não me refiro a alguém bem vestido que fale 5 idiomas e só escute Chico Buarque, Caetano Veloso ou leia livros somente sobre filósofos famosos..

Nem quero destacar que uma pessoa assim seja melhor que outra que não tem instrução, isso seria um ato prepotente. NÃO, um ser humano assim seria chato demais, tão chato quanto um DVD do Cristiano Araújo.

Ninguém foi feito para viver dentro de padrões impostos pela sociedade. Apenas me refiro a pessoas que deveriam saber diferenciar as coisas, que deveriam ser atentas ao que é bom para ler, ver ou escutar. Isso resultaria em um bem gigantesco a si mesmo. Quando falo do mau uso do termo CULTURA eu me refiro ao lixo que a mídia empurra na sociedade, me refiro também a governos que há décadas e décadas confundem CULTURA com somente FAZER FESTA. Está errado! E os nossos governantes tem uma grande parcela de culpa … Pois deveriam ser eles os agentes de uma base melhor para que fosse evitado tantas coisas inúteis em nossa sociedade, através de uma cultura onde o cidadão aprenda algo. Mesmo.

Se os órgãos que promovem a cultura não promoverem a intelectualidade e o aprendizado do ser humano algo estará errado!

Se uma administração (municipal,estadual ou federal) estiver disposta a promover uma cultura de instrução certamente deverá investir no incentivo a leitura, na construção de um teatro, na conscientização da tolerância e tentar ao menos combater a alienação que, de forma assombrosa, avança e segue sem previsão de ser contida.

Santa Inês é grandiosamente carente de algo que instrua sua população. Desde que foi emancipada ainda não existiu um gestor que atente para a necessidade de construir e acima de tudo MANTER um Teatro Municipal ( Seba até que construiu mas depois não houve manutenção ai Cabral preferiu derrubar…), de incentivar bons eventos e de fato fazer bom uso desse nome CULTURA.Não será um carnaval apelidado de evento cultural que vai melhorar a cabeça de um jovem. Não será uma festa junina, apelidada de evento cultural, que vai resgatar o folclore maranhense. Não serão eventos vazios no Natal, muito bem enfeitados nas Laranjeiras, que mudarão a cabeça da nossa sociedade.

Como teremos uma cidade de povo instruído se não temos um teatro, livrarias (livraria é diferente de revistaria), bibliotecas com acervos de qualidade?. É essa a questão X . Essa é a raiz do problema. Como chegaremos a um patamar favorável se não temos o domínio da nossa própria história conquistado através da leitura?

O primeiro passo para sairmos da estaca zero será no dia que o poder público perceber que cultura vai além do que estávamos acostumados a ver. Cultura não é festa. Cultura é promover a instrução do cidadão através de sua própria história e de suas próprias origens.

Cultura ao meu ver é ter como matriz a educação. Eu penso assim!

Só teremos de fato uma sociedade mais conscientizada quando governo e população atentarem para a importância da valorização da cultura dentro da realidade de cada lugar, de cada bairro e de cada comunidade: seja ela urbana, indígena ou quilombola.

Isso pra mim seria o primeiro passo para uma sociedade mais condicionada a dizer não a tanto lixo que chega em nossas casas através da música, da televisão e que acabam deteriorando mentes brilhantes que só precisam de um incentivo para serem úteis a nossa sociedade.

Temos bons nomes, boas músicas e pessoas dispostas a mudar isso.

Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente

A gente muda o mundo na mudança da mente

E quando a mente muda a gente anda pra frente” Gabriel O Pensador

Fred Ruan
Acadêmico de Antropologia

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Deu no Blog Café Pequeno - Aluísio esclarece notícia sobre reunião no Ginásio de Esportes

Sobre Matéria veiculada no blog de Alexandre Pinheiro a respeito da Jornada Pedagógica, entrei em contato com o secretário de obras do Município, Aluísio Sousa Santos, hoje pela manhã, a fim de averiguar a informação e evitar distorções.


Aluísio Sousa informou que a “Secretaria de Obras não ordenou nem autorizou reforma no Ginásio de Esportes citado na matéria, muito menos recebeu qualquer comunicação oficial da Secretaria de Educação sobre a reunião, não tendo, portanto, nenhuma responsabilidade em relação ao evento”.


O secretário de obras também manifestou preocupação com a situação em que foram encontradas as escolas municipais, especialmente as da zona rural. “Estamos apenas aguardando uma solicitação do secretário de educação, Francejane Magalhães, para que as providências possam ser tomadas o mais rápido possível, a fim de não atrapalhar o período letivo”, declarou.


O secretário Aluísio Sousa atribuiu tais boatos a tentativas de setores da oposição de tentar desestabilizar o governo, uma vez que a “prefeita Dulcilene Belezinha está administrando o município com competência e seriedade.”

Ivandro Coêlho, professor e jornalista.

O DECRETO E O EGO FERIDO

Com a maioria dos vereadores renovada, é normal que haja nervosismo em uma primeira sessão e que alguns tentem se pavonear mostrando habilidade no trâmite burocrático. 

A primeira sessão da Câmara de Chapadinha desenrolou-se  assim, mas um fato que saltou aos olhos foi que os vereadores oposicionistas foram feridos no seu ego. Queriam mais atenção do governo. Logo, aproveitaram para capitalizar com o decreto. 

Os vereadores, mais do que ninguém presenciaram as mazelas da população. Percorreram zona urbana e rural. Visitaram hospitais. Visitaram escolas. Danificaram seus carros nas estradas vicinais. Como questionar a situação que o município se encontrava? Como negar os avanços de início do governo? 

Mas, para quem participou de tais desmandos, o novo governo desce como uma espinha de peixe rasgando goela abaixo. Rasgando e expondo toda incompetência e corrupção que foi compartilhada por eles. 

Mas, vejamos alguns pontos: 

Se foi convocada um sessão extraordinária para discutir o decreto de emergência, por que não foi solicitado previamente à prefeitura cópia de tal decreto e sua fundamentação? A ânsia de falar ao microfone e “mostrar serviço” atropelou a prudência. Situação e oposição apenas especularam. 

O ver. Eduardo Sá leu o decreto e questionou sobre licitações no período emergencial e pormenores técnicos como datas. Ora, sabemos que esse decreto serve para resolver problemas emergenciais e pontuais, não impedindo que licitações sejam realizadas para dar prosseguimento à administração. No afã de criticar, não observou que esta medida foi salutar e responsável. 

O ver. Eduardo Braga defendeu que a secretaria de educação não estava em situação emergencial (sua companheira foi ex-secretária) e especulou sobre favorecimento de Belezinha e Aluísio em obras sem licitação. Ora, é muito simplório imaginar que a educação se resuma apenas aos professores. E os colégios? E os recursos que foram destinados para reforma e ampliação das escolas? Será que não percorreu a zona rural e viu o estado lamentável das instalações educacionais? Com relações ao beneficiamento de Belezinha e Aluísio com obras, foi somente uma insinuação leviana, mas de fácil comprovação. Basta verificar a empresa que realiza tais reformas e se o valor é ou não compatível com o de mercado. 

O ver. Marcelo Meneses mostrou-se apático e não participou dos debates. Talvez a cadeira que ocupe na mesa seja desconfortável, pois sempre será uma lembrança dos acordos feitos com os vereadores de Magno Bacelar. 

Os vereadores governistas defenderam o decreto para além da parte burocrática. Para a parte vivencial da cidade, que é impossível fechar os olhos. A ver. Francisca Aguiar também fez um discurso apaziguador e reconheceu a situação calamitosa do município em determinadas áreas e elogiou o bom trabalho que vem sendo realizado pela prefeita. 

O que se viu foi jogo de cena da oposição. Vereadores com ego ferido. Vereadores tentando negar a necessidade de uma situação emergencial, já que participaram e apoiaram ativamente a gestão passada. Vereadores preocupados o com que ainda está por se descobrir... 

Mas tudo isso faz parte do jogo político e democrático. Fico feliz que o que se discuta ultimamente na cidade seja um decreto emergencial de poucos dias, o tamanho das faixas de pedestre, a comida no hospital e coisas do gênero. É muito melhor que o silêncio dos milhões desviados em reformas não realizadas, das mortes por falta de atendimento hospitalar, dos desvios de merenda escolar, do rombo na previdência e INSS da gestão anterior. 

Dr. Ernani Maia 

(Cirurgião-Dentista)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Que Aconteceu Com A “Terra Das Palmeiras” ? por Fred Ruan



Como não é nenhuma novidade vivemos em um estado que infelizmente lidera as primeiras posições em problemas graves desse país. Altas taxas de trabalho escravo, analfabetismo, miséria e falta de saneamento básico . São dados alarmantes que se arrastam há decadas. Mas é bom sabermos que o MARANHÃO também é um estado riquíssimo em recursos naturais, tem um potencial turístico que também é muito grande e pessoas que só precisam de mais incentivos dentro daquilo que sabem fazer para finalmente começar a alavancar o progresso dessa unidade federativa .

Não quero aqui adotar o escudo de ser anti-Sarney para fazer críticas e mais críticas a esse grupo que domina o nosso estado há quase 5 décadas, quero somente atentar o fato de não sermos tudo que os outros estados são, mostrando simples dados.

O último Censo realizado pelo IBGE em 2010 revelou que mais da metade das pessoas do estado vivem na pobreza e nos mostrou também que das 50 cidades mais pobres do país 32 estão aqui no nosso Maranhão e que na época liderávamos também em trabalho escravo .

Recentemente ouvi de um jovem estudante de Direito da UEMA do campus de Bacabal que me contava da dificuldade que eles encontram para ter acesso a biblioteca, a existência de animais que pastam na área da universidade e até mesmo que alunos estavam se organizando para climatizar a sala de aula . A dúvida que fica é:
Por quê um estado tão rico ocupa as últimas posições no Brasil?
Por que mais da metade vivem em pobreza?
O que causa essa inércia no poder público que deveria promover o desenvolvimento através da educação e do trabalho?
Por que esse descaso com a pessoa humana?

Acredito que, infelizmente, as motivações estão equivocadas, e eu lhe dou exemplos:

A governadora Roseana Sarney vai investir 4 milhões de reais em 4 dias de folia na cidade de São Luís (1 milhão por dia) e ao mesmo tempo vai oferecer 900 reais (mensais) para um profissional de nível superior lecionar aulas para indígenas, o governo do estado recentemente adquiriu junto ao BNDES empréstimos que somados chegam a casa dos 5 BILHÕES de reais(um endividamento absurdo que vai demorar anos para ser quitado) para “investir” em programas do governo que carregam o nome de Viva Maranhão.

E você olha para todos os lados, e o que você observa? (…)

O poder que deveria avançar na qualidade do ensino e na geração de postos de trabalho cada vez mais retrocede, os valores estão invertidos e o governo insiste que tudo vai bem, só que não…

O governo parece viver de propagandas do único canal de televisão que existe aqui (que por sinal é da família Sarney).

Então ..

Tive a oportunidade no ano de 2011 e parte de 2012 trabalhar em um órgão do governo federal que me permitia viajar por áreas que não costumam passar na televisão do povo maranhense. Zona rural de municípios pobres (se a sede é carente, imaginem a zona rural) e pude sentir na pele o sofrimento de quabradeiras de coco, de agricultores e de crianças que sequer tinham pisado um dia em uma escola.

É muito triste quando saímos da nossa zona de conforto e paramos para observar o descaso e as mazelas que as pessoas carregam por culpa de um “sistema” que transforma tudo em lucro para si ou para aliados.

Penso eu que é chegada a hora de parar de ver políticos como estrelas de TV, é chegada a hora de cobrar de forma mais escancarada. As coisas vão acontecendo e eu continuo tendo a certeza de que deram um calote na ética do Maranhão. Aos poucos acabam transformando os serviços públicos em trampolins para quem não conseguiu se eleger a algo, e cargos técnicos são ocupados por siglas partidárias acordadas em troca de apoio, inaugurações de obras que foram custeadas pelo povo através dos impostos viram festas eleitoreiras e o maranhense vai ficando a cada dia refém do “dono do Mar”.

Eu como humilde maranhense que sou quero ver a Terra das Palmeiras valorizada assim como sua gente hospitaleira sendo tratada com respeito e cidadania. Quero ver meu estado não ser mais motivo de piada em outras regiões do Brasil. Tenho consciência de que não vamos conseguir ser um estado forte e livre se continuarmos presos aos cadeados da última oligarquia que sobrevive nesse país.

Lembram que eu falei que não iria usar o fato de ser “anti-Sarney”?

Mas não dá pra falar da pobreza e miséria do Maranhão sem mencionar o senador vitalício.. São fatores que caminham lado a lado. São coisas inseparáveis.

Espero que sigamos o exemplo do Ceará e Bahia que depois de tantas lutas conseguiram se livrar de quem os atrasava e hoje veem um horizonte mais nítido.

Tenho certeza de que o amigo leitor anseia por uma educação decente, por uma saúde de qualidade e por uma juventude que cresce através do ensino valorizado.

A juventude é forte.O povo pode!

Sim, nós podemos!
Fred Ruan
(Acadêmico de Antropologia)
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